Saúde apresenta primeiros resultados de projeto que monitora infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya

Entre os dias 4 e 7 de abril, foi realizada mais uma etapa do projeto-piloto de monitoramento e controle do Aedes aegypti, fruto da parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, o setor de Endemias e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). O objetivo principal da iniciativa é detectar precocemente a presença do mosquito transmissor de arboviroses como dengue, zika e chikungunya, por meio da instalação de ovitrampas em áreas estratégicas do município.

Nesta fase, o monitoramento foi realizado nos bairros Bela Vista, Interlagos, Jardim Califórnia, Jardim Social e Santa Terezinha. Ao todo, foram instaladas 48 ovitrampas (armadilhas para coleta de ovos do mosquito) em 23 pontos estratégicos. As análises foram conduzidas em laboratório da UFPR.

Os resultados preliminares mostram que 29% das armadilhas estavam positivas, totalizando 96 ovos encontrados. No bairro Bela Vista, 80% dos locais monitorados apresentaram presença do mosquito. Já em Interlagos, a taxa foi de 40%. Embora a presença tenha sido menor no bairro Santa Terezinha, a quantidade de ovos coletados foi considerada alta, o que acendeu um sinal de alerta.

O setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Palotina destaca que esse trabalho oferece uma base técnica essencial para decisões estratégicas.

“Com os dados obtidos, podemos direcionar com mais precisão as ações de controle nas áreas com maior incidência do Aedes aegypti, além de avaliar a eficácia das medidas já adotadas”, afirma o coordenador de Endemias, Junior Matos.

Ovitrampas

As ovitrampas são armadilhas de oviposição utilizadas para monitorar a densidade populacional do Aedes aegypti, possibilitando a identificação de áreas com maior risco e subsidiando ações de controle mais eficazes. Essa metodologia já demonstrou bons resultados em outros municípios brasileiros, contribuindo significativamente para a redução dos índices de infestação.

O projeto conta com a coordenação do professor Edilson Caron, da UFPR, da enfermeira Ágata Camila e do coordenador de Endemias, Junior Matos. A colaboração entre as instituições e profissionais envolvidos tem sido fundamental para o sucesso das ações de monitoramento e combate ao vetor.

Categoria:Saúde